A palavra “dislexia” é derivada do grego “dis” (dificuldade) e “lexia”(linguagem). De acordo com a definição oficial da Associação Internacional de Dislexia (IDA), ela é um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldades no reconhecimento preciso ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e na soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit inesperado em relação à idade nos componentes fonológicos da linguagem e em outras habilidades cognitivas.
Em outras palavras, trata-se de um distúrbio que prejudica o aprendizado e a leitura, demandando tratamento e acompanhamento médico. A dislexia também pode gerar dificuldades na distinção entre esquerda e direita, na percepção de dimensões (distâncias, espaços, tamanhos e valores), na realização de operações aritméticas e no funcionamento da memória de curta duração.
Quais são os sintomas da dislexia?
Estima-se que 20% de todas as crianças tenham dislexia, e por isso é muito importante ficar atento aos sinais. A dislexia normalmente é detectada nos anos iniciais de alfabetização. Na
fase pré-escolar, alguns dos sintomas incluem a dispersão e fraco desenvolvimento da atenção, pouco interesse e dificuldade com quebra-cabeças e livros impressos e baixo
desenvolvimento da coordenação motora. Na idade escolar, podem ser indícios um vocabulário pobre, com sentenças curtas ou vagas, trocas de sílabas e letras, dificuldades de leitura e escrita, dificuldades com atividades que exigem maior coordenação motora como desenhos e pinturas, desorganização, entre outros.
Conscientização e tratamento para a dislexia
Para contribuir para a conscientização sobre o tema e promover oportunidades para falar sobre o assunto em 2015 foi criado o Dia de Atenção à Dislexia, 16 de novembro. Também existe o
Dia Mundial da Dislexia, comemorado em 10 de outubro. Por não ser uma doença, mas uma condição de origem hereditária (genética), a dislexia não possui cura, mas com o tratamento
adequado os indivíduos com esse transtorno podem viver uma vida normal. Quanto mais cedo se iniciar a intervenção especializada, com o acompanhamento de fonoaudiólogos e
psicólogos, melhor será o resultado. É importante apoio familiar e da escola para que a pessoa não desista dos estudos, o que pode afetar toda a sua vida profissional. Muitas vezes a criança
que sofre de dislexia acaba sendo vítima de preconceitos, recebendo rótulos que só fazem agravar o problema. Aconselhamos os pais a estimularem a criança a desenhar, pintar, tocar
instrumentos musicais e praticar esportes, e aos professores a observarem a evolução dos alunos, manterem contato com a família e evitarem a ocorrência de bullying com os alunos que
possuem dificuldades. A Tríade dispõe de profissionais especializados e recursos que podem contribuir de forma decisiva na evolução dos pacientes. Não deixe de nos procurar caso
perceba qualquer um dos sintomas abordados!